Há civilizações inteligentes fora da Terra e elas poderiam
estar presentes em até quase 40 mil planetas, segundo novos cálculos feitos por
Duncan Forgan, um astrofísico da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
A descoberta de mais de 330 planetas fora de nosso sistema
solar nos últimos anos, ajudou a redefinir o provável número de planetas
habitados por alguma forma de vida, segundo um artigo de Forgan publicado na
revista especializada International Journal of Astrobiology.
As atuais pesquisas estimam que haja pelo menos 361
civilizações inteligentes em nossa galáxia, e possivelmente 38 mil fora dela.
Mesmo que haja quase 40 mil planetas com vida, no entanto, é
muito pouco provável que seja estabelecido qualquer contato com vida
alienígena.
Pesquisadores apresentam estimativas de vida inteligente
fora da Terra com frequência, mas é um processo quase que de adivinhação –
estimativas recentes variam entre um milhão e menos de um planeta com alguma
forma de vida.
“É um processo para quantificar nossa ignorância”, disse
Forgan. Em seu artigo, Forgan conta que criou uma simulação de uma galáxia
parecida com a nossa, permitindo que ela desenvolva sistemas solares baseados
no que se conhece a partir da existência dos planetas fora do nosso sistema
solar – os chamados exoplanetas.
Esses mundos alienígenas simulados foram então submetidos a
três cenários diferentes.
O primeiro cenário parte da premissa de que o surgimento da
vida é difícil, mas sua evolução é fácil. Neste caso, haveria 361 civilizações
inteligentes na galáxia.
O segundo parte do princípio de que a vida pode surgir
facilmente, mas sua evolução para vida inteligente seria difícil. Nessas
condições, a estimativa é de que haveria 31.513 outros planetas com alguma
forma de vida.
O terceiro caso examina a possibilidade de que a vida
poderia ter passado de um planeta para outro durante colisões de asteroides –
uma teoria popular de como a vida surgiu na Terra.
Neste caso, a estimativa é de que haveria 37.964
civilizações inteligentes.
Se, por um lado, a descoberta de novos planetas distantes e
desconhecidos pode ajudar em uma estimativa mais precisa sobre o número de
planetas semelhantes à Terra, algumas variáveis nesses cálculos continuarão
sendo meras suposições.
Por exemplo, o tempo entre a formação de um planeta e o
surgimento das primeiras formas de vida, ou deste momento até a existência de
vida inteligente, é grandes variáveis em uma suposição geral.
Nesses casos, afirma Forgan, teremos que continuar partindo
do princípio de que a Terra não é uma exceção.
“É importante nos darmos conta de que o quadro que
construímos ainda está incompleto”, disse o astrofísico.
“Mesmo que existam formas de vida alienígenas, nós não
necessariamente conseguiremos fazer contato com elas, e não temos nenhuma ideia
de sua forma.”
“A vida em outros planetas pode ser tão variada como na
Terra e não podemos prever como são as formas de vida inteligente de outros
planetas, ou como elas se comportam”, conclui.
Fonte: Terra Notícias/BBC Brasil