Washington (CNN) - A boa notícia é que as chances de um asteroide grande o suficiente para atingir a Terra destruindo um continente ou de toda a civilização este ano são apenas um em 20.000.
A má notícia é que o governo independentemente da baixa probabilidade precisara gastar bilhões de dólares nos próximos anos para lançar uma nova tecnologia a fim de se evitar uma possível catástrofe desta magnitude, disseram especialistas da Casa da Ciência Espacial e o Comitê de Tecnologia.
"As chances são muito pequenas, mas as potenciais consequências de um evento como esse são grandes, não faz sentido correr sério risco", argumentou John Holdren, que dirige Gabinete de Política Científica e Tecnológica do Presidente Barack Obama.
Os esforços atuais para detectar e analisar as possíveis ameaças espaciais, tal como o meteoro que explodiu sobre a Rússia no mês passado, ferindo mais de 1.000 pessoas e causando milhões de dólares em danos, têm feito progressos na identificação de futuras ameaças, conforme comunicado feito pelo administrador da NASA Charles Bolden.
Ele disse também que os cientistas identificaram 95% dos asteróides de mais de um quilômetro de diâmetro – exatamente os do tipo que ameaçam a existência humana caso atinjam a Terra, e que não o achou nada na rota de colisão com nosso planeta.
No entanto, os esforços de detecção foram menos bem sucedidos para meteoros menores capazes de provocar a perda de vidas humanas e de danos, tais como o que caiu sobre a Rússia.
Apenas 10% dos meteoros com mais de 150 metros de largura - apelidado de "assassinos em potenciais" foram detectados, ou seja, mais de 10.000 estão lá fora sem o nosso conhecimento, disse ele.
Se os cientistas detectassem hoje um grande asteróide dirigindo-se para a Terra, levaria pelo menos cinco anos para desenvolver um sistema de defesa eficaz, quer alterasse o seu curso ou eventualmente destruí-lo, não importa quanto dinheiro seja gasto, segundo Bolden.
O Governo pretende reforçar as capacidades de detecção e mitigação que incluem um sensor infravermelho na órbita de Vênus, assim como um sistema de laser ou outro método para desviar qualquer meteoro que ameaçasse a Terra.
Bolden disse que “nós realmente precisamos ter espaço ativo de veiculação", em se relacionando com o sensor infravermelho que custaria mais de US $ 500 milhões.
Outra meta da NASA endossado por Obama é em 2025 enviar um astronauta para um asteróide pela primeira vez na história, um projeto que custará US $ 2 bilhões, disse ele.
Perguntado por membros do Congresso sobre os efeitos do corte de gastos forçados este ano, devido à incapacidade dos mesmos em chegar a acordo sobre as questões fiscais, todas as testemunhas descreveram em como seriam pesados os impactos.
Bolden observou que o orçamento da NASA para detectar objetos próximos da Terra se multiplicou nos últimos anos para alcançando mais de US $ 20 milhões em 2012.
Agora, disse ele, o Congresso precisa pelo menos manter esse tipo de financiamento para evitar a estagnação ou, pior ainda, atrofia.
"Isso é muito importante e tem que ser contínua", disse ele.
FONTE: CNN
