"Estes planetas são diferentes em tudo do nosso sistema
solar. Eles têm oceanos infinitos” disse a principal autora do Instituto Max
Planck para a Astronomia e da CFA Lisa Kaltenegger. “Pode haver vida lá, mas
será que poderia ser como a nossa baseada na tecnologia”?
A vida nesses mundos seria debaixo de água, sem acesso fácil
para metais, eletricidade ou fogo para a metalurgia.
“No entanto, estes
mundos ainda são bonitos, são planetas azuis que circundam uma estrela laranja
e talvez haja interatividade de vida que chegam a um estágio de tecnologia que
possa nos surpreender”.
Esses dois planetas
"Water World" orbitam a estrela Kepler-62.
Este sistema de cinco planetas tem dois mundos em zona
habitável à distância de sua estrela em que eles recebem a luz e o calor e a
água líquida poderiam teoricamente existir suficientemente em suas superfícies.
Em amostragem os pesquisadores do Centro Harvard-Smithsonian
de Astrofísica (CFA) sugeriram em julho passado que ambos os planetas são
mundos aquáticos, suas superfícies são completamente cobertas por um oceano
global, e com nenhuma terra à vista.
Eles foram encontrados pela NASA via sonda espacial Kepler,
que em trânsito detecta planetas, ao cruzar a face de uma estrela hospedeira.
Kepler-62 é uma estrela do tipo K um pouco menor e mais fria
do que o nosso sol.
Os dois mundos de água, designados como Kepler-62e e Kepler 62F,
orbitam suas estrelas a cada 122 e 267 dias, respectivamente. Dizem os
astrônomos que se mede o trânsito e o tamanho dos planetas relacionando-os à
sua estrela.
Kepler-62e é 60%
maior que a Terra, enquanto Kepler-62F é de cerca de 40% maior, fazendo com que
os dois se caracterizem como "Super-Terras".
Mas ainda assim são pequenos demais para que suas massas sejam
medidas, mas os astrônomos esperam que eles sejam compostos de rocha e água,
sem um envelope gasoso significativo.
De acordo com simulações de computador Kepler-62e seria o
mais quente dos dois mundos, teria um pouco mais nuvens do que a nossa Terra.
Mais distante o Kepler-62F
teria um efeito estufa a partir de abundância de dióxido de carbono que aquece-o
o suficiente a fim de poder acolher um oceano. Caso contrário, ele pode se tornar
uma bola de neve coberta de gelo.
“Kepler-62e, provavelmente, tem um céu muito nublado e é
quente e úmido em todo seu caminho indo até as regiões polares”.
“Kepler-62F seria mais frio, mas ainda potencialmente
favorável à vida”, disse o astrônomo de Harvard e coautor Dimitar Sasselov .
"A boa notícia é que os dois apresentam cores distintas
e fazem a nossa busca por sinais de vida mais fácil nestes tais planetas em um
futuro muito próximo", acrescentou.
A descoberta levanta a possibilidade intrigante de que algumas
estrelas em nossa galáxia podem ser circundadas por mundos semelhantes à Terra,
planetas com oceanos e continentes, onde a vida tecnologicamente avançada
poderia se desenvolver.
“Imagine olhar através de um telescópio para ver outro mundo
com vida à apenas alguns milhões de quilômetros da nossa Terra”.
Ou, ter a capacidade de viajar entre eles de forma regular. “Eu
não posso pensar em uma motivação mais forte para tornar-se uma sociedade saída
do espaço”, disse Sasselov.
A pesquisas de Kaltenegger e Sasselov foram aceitas para
publicação no The Astrophysical Journal .
Fonte: TheDaily Galaxy