Um asteroide do tamanho de um
pequeno caminhão passou pela Terra em distância quatro vezes mais próxima que a
Lua neste sábado, o último de uma sequência de objetos celestiais que passaram
pelo planeta, aumentando a consciência sobre impactos potencialmente perigosos
no planeta.
Segundo a Agência Espacial dos
EUA (Nasa, na sigla em inglês) o asteroide 2013 LR6 foi descoberto cerca de um
dia antes de sua aproximação à Terra, que aconteceu à 1h42 (horário de
Brasília) deste sábado a cerca de 105 mil quilômetros sobre o Oceano Antártico,
ao sul da Tasmânia, na Austrália. O asteroide de 10 metros de largura não
representou nenhuma ameaça.
Há uma semana, o enorme asteroide
QE2, de 2,7 km de largura, completo com sua própria lua a reboque, passou a 5,8
milhões de quilômetros da Terra.
Em 15 de fevereiro, um pequeno
asteroide explodiu na atmosfera sobre Chelyabinsk , na Rússia, e deixou mais de
1,5 mil feridos por conta de destroços e pedaços de vidro. No mesmo dia, um
asteroide não relacionado passou a cerca de 27,7 mil km da Terra, mais perto do
que os satélites de comunicação que cercam o planeta.
"Teoricamente, há uma
possibilidade de colisão entre asteroides e o planeta Terra", disse o
astrônomo do projeto Telescópio Virtual, Gianluca Masi, durante uma transmissão
do Google+ que mostrou imagens ao vivo da aproximação de um asteroide.
A Nasa diz que já encontrou cerca
de 95% dos asteroides maiores, aqueles com diâmetro de 1 km ou mais, com
órbitas que os levam relativamente perto da Terra.
Um objeto desse tamanho atingiu o
planeta há cerca de 65 milhões de anos onde hoje é Península de Yucatán, no
México, provocando uma mudança climática global que se acredita ser responsável
pela extinção dos dinossauros e muitas outras formas de vida na Terra.
A agência espacial dos EUA e
outras organizações de pesquisa, além de empresas privadas, estão trabalhando
no rastreamento de objetos menores que voam perto da Terra.