O Paradoxo de Fermi, introduzido
pela primeira vez pelo físico Enrico Fermi, faz a pergunta: “Onde está todo
mundo?”. Ou, mais especificamente: “Onde estão todos os aliens?”.
Afinal, quando levamos em
consideração o tamanho do universo, o provável número de planetas absolutamente
parecidos com a Terra e uma série de outras variáveis, é natural (e bastante
lógico) concluirmos que deve haver dezenas de milhares, ou mais, de
civilizações extraterrestres na galáxia.
E como a nossa galáxia tem cerca de 10
bilhões de anos de idade, os cientistas concordam que os mundos inteligentes
tiveram tempo de sobra para entrar em contato um com o outro. Então, se os
aliens devem existir estatisticamente, por que não encontramos nenhum ainda?
10. A Terra é especial
Uma teoria chamada de “A Teoria
da Terra Rara” sugere que a cadeia de eventos que criou a vida em nosso planeta
foi tão complexa que só uma tempestade biológica perfeita poderia recriá-la em
outro lugar. Em outras palavras, o que essa hipótese defende é que embora possa
haver planetas iguais a Terra, nenhum deles tem exatamente, tim tim por tim
tim, o que é preciso para que a vida inteligente se desenvolva. Ou seja, um dos
motivos pelos quais ainda não encontramos aliens é porque eles simplesmente não
existem – ou eles são tão poucos que a probabilidade de fazer contato é
altamente improvável.
O principal fator que torna a
Terra tão hospitaleira para o desenvolvimento da vida como a conhecemos é o seu
longo período de condições climáticas relativamente estáveis, o que é possível
devido a órbita e posição única do nosso planeta.
Se não fosse essa distância
exata que estamos do sol e da lua, o planeta seria provavelmente MUITO quente
ou MUITO frio, com muito pouco oxigênio e, consequentemente, muito instável
para dar suporte para qualquer vida além de bactérias.
O paleontólogo Peter Ward e o
astrônomo Donald Brownle foram os primeiros a defender essa teoria. Depois de
quase 15 anos desde que a divulgaram, eles continuam confiantes de que as
chances de encontrarmos aliens são extremamente baixas.
9. Toda a vida alienígena é atrasada em termos de tecnologia
De acordo com a Teoria do Grande
Filtro, proposta em 1996 pelo professor Robin Hanson, a vida alienígena existe
sim, mas a vida alienígena inteligente seria incapaz de avançar
tecnologicamente o suficiente para estabelecer algum tipo de comunicação
espacial de longa distância. Apesar de nossas naves espaciais modernas,
satélites e rádios poderem fazer parecer que estamos chegando mais perto desse
contato, vamos inevitavelmente chegar a um limite.
Já sabemos, e os surtos
recentes de ebola estão aí para confirmar, que desastres naturais catastróficos
atacam periodicamente a Terra, por isso é possível que esses tipos de eventos
também aconteçam em outros mundos, fazendo com que a vida inteligente volte à
Idade da Pedra antes que a tecnologia possa se desenvolver até o máximo de seu
potencial.
Ou, talvez e não menos provável, outros mundos também se aniquilem
por meio de uma guerra nuclear.
Seja qual for o filtro, isso
parece ser uma má notícia para os seres humanos.
Porque não só provavelmente a
gente nunca vai se comunicar com aliens, como, de acordo com essa teoria, a
gente vai morrer tentando.
Mas, calma. Nem tudo está
perdido. Alguns acreditam que nós seremos as primeiras pessoas a sobreviver ao
grande filtro da mãe natureza.
Então, eventualmente, seremos os primeiros seres
superinteligentes a viajar amplamente pelo espaço e tomar um café com aliens.
8. Os aliens já saíram
do universo faz tempo
De acordo com Hipótese Transcendental do futurista
John Smart, a vida alienígena existiu uma vez em nosso universo, mas tornou-se
tão avançada que se mudou para pastos mais verdes. Para ser mais precisa, os
aliens se tornaram tão evoluídos que pararam de olhar para o espaço exterior e
se concentraram no conceito de espaço.
Esse conceito pode ser comparado com a onda de
miniaturização que temos acompanhado em computadores. O que inicialmente
começou como algo enorme, foi progressivamente diminuindo em tamanho (até caber
no bolso), ao mesmo tempo que cresceu em complexidade e poder.
Para os defensores da Hipótese Transcendental, a vida
inteligente evolui da mesma forma, trabalhando constantemente em direção a um
mais denso e mais eficiente uso do espaço, tempo, energia e matéria.
Eventualmente,
nós estaremos vivendo e operando em escala nanométrica até que nos tornemos tão
pequenos que nós criaremos e viveremos em um buraco negro fora desse
espaço-tempo contínuo.
Para os inteligentes, os buracos negros são o destino
final.
Eles permitem a computação ideal e aprendizagem, a viagem no tempo, a
coleta de energia e muito mais. Civilizações que não atingirem esse destino são
consideradas falhas.
Outros seres cósmicos podem estar trabalhando em
direção a sua própria transcendência. Como seres humanos, eles podem emitir
transmissões espaciais, mas esses tipos de sinais são, supostamente, o trabalho
de civilizações ainda imaturas e não são susceptíveis de serem bem sucedidas.
Além disso, com base na Lei de Moore (que defende que
o poder dos computadores dobra a cada dois anos), estes seres provavelmente
chegariam a transcendência antes de explorar o cosmos.
7. A Terra não é tão
fantástica quanto à gente imagina
Talvez seja arrogância pensar que os aliens sequer
tenham algum interesse em nós ou nosso planeta.
Mundos muito mais interessantes podem existir e dar um apoio maior à vida, o que faria deles lugares muito mais propícios para serem explorados do que a Terra.
Mundos muito mais interessantes podem existir e dar um apoio maior à vida, o que faria deles lugares muito mais propícios para serem explorados do que a Terra.
Como você pode perceber, essa teoria é o completo
oposto da Teoria da Terra Rara e sua essência tem como base a ideia de que o
nosso planeta simplesmente não é interessante.
Uma raça alienígena capaz de viajar ou se comunicar
através de anos-luz de distância poderia estar interessada em algo melhor que
um planeta com problemas de superaquecimento e incontáveis redes de fast food.
Da mesma forma, os aliens, sem dúvida, têm suas próprias tecnologias superiores
e provavelmente não precisam de nenhum dos nossos míseros recursos.
Então, se
eles precisarem colher mineral ou outros elementos, eles não teriam de visitar
a Terra. Essas coisas são encontradas flutuando por todo o espaço.
Além disso, não importa o quão inteligentes os aliens
sejam, viajar através de anos-luz não é tarefa fácil.
Quais são as chances de
eles investirem todos os seus recursos vindo para cá quando existem 8,8 bilhões
de planetas como a Terra na Via Láctea?
Para os seguidores dessa teoria, pensar
na Terra como o destino óbvio de todos os aliens é sofrer com o mesmo
geocentrismo que levou Galileu à execução.
6. Nós estamos vivendo
em uma realidade virtual
Sem dúvida, uma das explicações
para o Paradoxo de Fermi mais difíceis de aceitar é a Hipótese do Planetário.
Essa hipótese defende que o nosso mundo é uma espécie de “planetário de realidade virtual” projetado para nos dar a ilusão de que o universo é vazio.
Essa hipótese defende que o nosso mundo é uma espécie de “planetário de realidade virtual” projetado para nos dar a ilusão de que o universo é vazio.
Sendo assim, nós não descobrimos
qualquer vida extraterrestre porque esses aliens não foram projetados nos
fundamentos do programa.
Essa ideia data da época do filósofo Descartes, que
questionou: “como podemos saber que o mundo ao nosso redor é real se somos
apenas um cérebro numa cuba, que pensa que está vivendo no mundo real?”.
Ao invés de termos nossos
cérebros em uma cuba, no entanto, a maioria dos apoiantes modernos dessa
hipótese acham que estamos em uma simulação de computador projetada por aliens
mais avançados, que seriam capazes de aproveitar a energia suficiente para
manipular a matéria e energia em escalas galácticas.
Mas por que os aliens iriam
querem nos ver como formigas em uma fazenda?
Talvez apenas por diversão, ou
talvez simplesmente porque eles podem.
Por mais improvável que a Hipótese do Planetário possa parecer, os filósofos profissionais e físicos a encaram com respeito. Eles dizem que nós somos mais propensos a sermos inteligências artificiais em um mundo fabricado do que ter nossas próprias mentes.
Por mais improvável que a Hipótese do Planetário possa parecer, os filósofos profissionais e físicos a encaram com respeito. Eles dizem que nós somos mais propensos a sermos inteligências artificiais em um mundo fabricado do que ter nossas próprias mentes.
Além disso, eles também defendem
que, se esse for o caso, nós provavelmente vamos descobrir a simulação, já que
vamos inevitavelmente perceber uma falha no sistema ou conceber um teste
adequado para provar a hipótese. Otimistas, não?
5. A Terra está isolada de outros planetas com vida inteligente
A Terra
pode estar tão longe de outros planetas habitados que simplesmente foi
ignorada. Se isso não fosse solitário o suficiente, alguns afirmam que a
maioria dos outros mundos estão relativamente agrupados uns perto dos outros, e
estão interagindo entre si, enquanto nós estamos “fora de mão”.
As raízes dessa ideia vêm de uma
teoria matemática conhecida como “percolação”, que descreve como as coisas se
acumulam em um ambiente aleatório.
Com base na teoria de percolação, o universo
teria se formado naturalmente com áreas de grande crescimento e áreas de menor
crescimento em posições discrepantes.
E, dessa forma, na hora que os dados
foram jogados, os outros planetas com vida inteligente ficaram mais perto uns
dos outros, e a Terra deu o azar (ou a sorte, deixo a seu critério) de ficar
isolada.
Então, em vez de tentar fazer
contato com estes seres distantes, alguns pensadores, como Stephen Hawking, sugerem que o melhor a fazer é continuarmos de boca fechada. Hawking diz que,
se pegarmos algum dia um sinal alienígena, “nós devemos ser cuidadosos na hora
de responder de volta, até que tenhamos evoluído”, caso contrário, poderemos
sofrer um destino semelhante ao dos nativos americanos após a chegada de
Colombo.
Parece uma conduta prudente.
4. Nós ainda não flagramos os sinais alienígenas
A caça aos aliens tem sido
travada pela falta de financiamento do governo, o que é necessário para pagar
uma pequena fortuna em equipamentos e recursos de rastreamento de vida
extraterrestre.
Historicamente, a busca por programas de inteligência extraterrestre
teve que contar com radiotelescópios emprestados e outros equipamentos que só
poderiam ser usados por um tempo limitado.
Estes obstáculos tornaram
praticamente impossível fazer qualquer progresso real.
Ainda assim, há algumas boas
notícias, pelo menos para aqueles que pensam que fazer contato com alienígenas
seja uma boa ideia.
O Allen Telescope Array, um
conjunto de telescópios de rádio especialmente concebidos para ajudar na busca
de inteligência extraterrestre, tornou-se operacional em 2007.
Este
megatelescópio (que consiste em 42 telescópios individuais de 6 metros cada)
foi em grande parte financiado pelo co-fundador da Microsoft, Paul Allen.
Depois de inúmeros contratempos, finalmente parece pronto para começar a fazer
alguma exploração séria do espaço.
Isso pode acender toda uma luz no
fim do túnel para os entusiastas desse assunto.
3. Nós não conseguimos reconhecer os sinais que os aliens nos mandam
Mesmo que existam outros planetas
com vida alienígena inteligente, será que eles evoluiriam da mesma maneira que
os seres vivos na Terra?
Talvez eles sejam tão diferentes que nenhuma das
partes seria capaz de reconhecer sinais um do outro.
Pode ser que aconteça algo
comparável à forma como os morcegos visualizam as ondas sonoras enquanto nós só
vemos a luz.
É possível que os humanos e aliens operem com sentidos inteiramente diferentes.
É possível que os humanos e aliens operem com sentidos inteiramente diferentes.
O astrofísico Lord Rees
ressaltou: “Eles poderiam estar olhando-nos na cara, e nós simplesmente não conseguirmos
reconhecê-los”.
O problema é que nós estamos procurando por algo muito parecido
com nós, assumindo que eles, pelo menos, tenham algo como a mesma matemática e
a mesma tecnologia.
O que com certeza é uma possibilidade. Mas, convenhamos:
bastante improvável!
Eu suspeito que possa haver vida
e inteligência lá fora em formas que não podemos conceber, nem mesmo imaginar.
As coisas ficam especialmente
complicadas quando a gente pensa em como seria a conexão com uma raça altamente
avançada, pois eles podem usar métodos de comunicação (como neutrinos ou ondas
gravitacionais) além de nossa compreensão tecnológica.
Da mesma forma, as
nossas emissões de rádio primitivas podem parecer nada mais do que um ruído
branco para eles. Se os aliens e os humanos são de fato extremamente
diferentes, é improvável que a gente consiga fazer qualquer tipo de contato.
2. Superorganismos são inerentemente suicidas
A Hipótese Medea, ideia concebida
pelo paleontólogo Peter Ward, é a noção de que os seres humanos e outros
superorganismos carregam dentro de si as sementes da autodestruição.
Desta
forma, muito disso está ligado a Teoria do Grande Filtro, de que falamos
anteriormente, uma vez que sugere que acabamos morrendo antes de evoluirmos o
suficiente para tornar o contato extraterrestre possível.
Essa teoria recebeu o nome de
“Medea” em referência à assassina da mitologia grega, que matou seus próprios
filhos.
Neste caso, o planeta é a Medea, e todos os seres vivos são sua prole.
Não quero morrer, mas a Mãe Terra já determinou que nossa hora, mais cedo ou
mais tarde, irá chegar.
Não sei se você já parou para
pensar nisso, mas a extinção foi feita em nossa biologia para garantir que
excessos populacionais sejam eliminados antes de criar um desequilíbrio na
Terra.
Uma vez que os humanos se tornam
uma praga incurável no planeta, vamos fazer alguma coisa para garantir a nossa
própria morte.
É uma sabedoria da natureza.
É uma sabedoria da natureza.
Peter Ward também acredita que
quase todas as extinções em massa anteriores foram provocadas por organismos
vivos. Por exemplo, para ele, a culpa das duas eras de gelo, de milhões de anos
atrás, é de algumas plantas que proliferaram tão descontroladamente que
absorveram quantidades excessivas de CO2. Isto provocou o arrefecimento global
e, consequentemente, morte das plantas.
Resumindo, o nosso relógio
interno suicida pode chegar, de acordo com essa teoria, à estaca zero muito
antes de termos a chance de nos conectar com aliens.
1- Os aliens já nos encontraram e caminham entre nós
Bem debaixo dos
nossos narizes, só que ninguém se dá conta disso.
Talvez porque, como dissemos
anteriormente, a gente simplesmente não tenha evoluído o suficiente para
detectar e codificar os sinais que eles nos mandam.
Por exemplo, o ex-ministro de
defesa canadense, Paul Hellyer, deu uma entrevista em 2014 na qual afirma que
80 espécies diferentes de vida alienígena vivem na Terra. Alguns deles parecem
quase idênticos aos seres humanos.
Outro grupo, os “Short Greys”, se
parecem mais com aliens estereotipados e ficam relativamente escondidos da
população.
O mais louco de tudo isso é que
Paul Hellyer l não está sozinho nessa.
O físico Paul Davies, da
Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e o Dr. Robert Trundle da
Universidade Northern Kentucky, também nos EUA, têm opiniões semelhantes sobre
a existência de extraterrestres no planeta.
Para Hellyer, Davies, Trundle e
aqueles que compartilham suas crenças, o Paradoxo de Fermi já foi respondido:
alienígenas existem, e quer os seres humanos percebam, ou não, eles interagem
com a gente diariamente.
Apesar de enfrentarem uma grande
quantidade de críticas por parte de seus colegas e do público geral, esses
homens continuam firmes em suas opiniões.
E você, o que acha de tudo isso?
Concorda com alguma das teorias, ou acha tudo uma grande balela?